Nunca foi tão fácil ter um carro na França. Aliás, um carro elétrico, já que o governo havia liberado uma espécie de “aluguel social” para pessoas de baixa renda jogarem fora seus velhos carros diesel poluidores e sair de automóvel zero.
Nesse caso, com aluguéis no estilo assinatura mensal a partir de meros € 54 ou R$ 286 numa conversão direta. Trata-se de um valor tão baixo que algumas viagens de trem são mais caras dentro do país.
Todavia, este plano de € 54 mensais e outro de € 100 (R$ 531), agora estão suspensos pelo governo francês, o que acaba sendo um balde de água bem gelada na expectativa de muitos franceses de ter um carro elétrico na garagem ainda que pode um período médio de 36 meses.
Para muitos, a alegria de ter um carro novo por uma mensalidade tão baixa será adiado até pelo menos 2025. Os planos de € 150 (R$ 796) também foram suspensos por Paris, mas qual o motivo para acabar com este ótimo incentivo?
Desde o início do programa, a França viu a demanda crescer tanto que agora tem gente demais querendo entrar na fila do carro elétrico “social”. Para candidatar-se, os interessados tinham que comprovar renda anual de até € 15.400 ou R$ 81.736.
As exigências ainda incluem morar na França, ter mais de 18 anos, morar a mais de 15 km do trabalho e ainda rodar mais de 8.000 km por ano. Pois é, não era apenas chegar, assinar e sair rodando feliz da vida.
No início, Paris queria subsidiar 25.000 carros elétricos para o povo, mas depois subiu a conta para 50.000, mas hoje existem 90.000 reservas sociais para este tipo de veículo.
Assim, o acesso aos planos sociais ficam suspensos até o próximo ano, mas serão provavelmente retomados e até ampliados. O motivo é a França ser um dos países da Europa que mais dão combate aos carros elétricos chineses. Assim, sem subsídio, as marcas não conseguirão evitar a mudança de marca do consumidor.
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